sábado, 26 de maio de 2012

Destaque de Salinas



Grupo de Declamadoras "Vozes de Salinas"

O Grupo de Declamadoras "Vozes de Salinas" foi criado em outubro de 2005 através da então Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia.

A primeira formação do grupo era de nove crianças e jovens entre dez a vinte anos. Com a nova seleção de componentes em dezembro de 2006 e de outros  que foram selecionados e inseridos no mesmo, ele hoje tem um total de dezenove crianças e jovens entre doze e dezoito anos.

A apresentação inicia-se com uma música condizente com a poesia, a qual se torna pano de fundo. As declamadoras apresentam-se descalças e algumas interpretam músicas durante o espetáculo acompanhadas de instrumentos musicais.

O grupo já fez apresentações em Montes Claros na INTER_TV Grande Minas, No Palácio das Artes -BH nas Terças Poéticas, em Feira de Santana - BA e em Araçuaí MG. 

Dezembro/2011
Disponível em: http://vozesdesalinas.blogspot.com.br/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Projeto: Vai Dá Samba

Ritmo é o mais famoso do Brasil

Heidi Strecker*
Reprodução
Samba, quadro de Portinari

 "Quem não gosta de samba bom sujeito não é/ é ruim da cabeça ou doente do pé."

Com certeza, o compositor Dorival Caymmi expressou uma grande verdade quando compôs essa música, que se chama "Samba da minha terra".

O samba faz parte da vida de muitos brasileiros, tornando-a mais divertida e alegre. Mas como surgiu esse gênero musical tão característico da nossa terra?

O samba de roda é um ritmo da tradição afro-brasileira e está associado a uma dança parecida com a capoeira. Formando um círculo, algumas pessoas tocam pandeiro, viola, atabaque, berimbau e chocalho, além de cantarem e baterem palmas. No interior dessa roda formada pelos músicos, outras pessoas gingam, rodopiam, fazem evoluções.

Contam que o samba de roda nasceu nos terreiros de candomblé. E, tendo chegado da África, imagine em que local do Brasil o samba acabou se firmando?

Negro no coração

Há uma música do poeta Vinícius de Moraes em que ele diz: "O samba nasceu lá na Bahia, se hoje ele é branco na poesia, ele é negro demais no coração." Isso não é só poesia, mas também história. O samba de roda nasceu no Recôncavo Baiano, que é uma região do estado da Bahia formada por mais de trinta municípios, contornando a Baía de Todos os Santos.

Para participar do samba de roda, você tem que ter um jogo de corpo e um jogo de cena. Ele começa devagarzinho, com movimentos suaves dos braços e das pernas e vai se tornando mais forte, mais cadenciado, até se transformar num grande requebrado.

A partir de 2005, o samba de roda tornou-se um Patrimônio da Humanidade, um título concedido pela Unesco (órgão da Organização das Nações Unidas) para as mais autênticas manifestações culturais.

O samba no Rio de Janeiro

O samba de roda foi uma das bases para o samba carioca. Mas essa é uma história comprida. Antigamente, qualquer manifestação rítmica dos negros escravos era chamada de batuque. Com o tempo, este foi se transformando em outras formas musicais, como o lundu e o maxixe, até se tornar o que conhecemos hoje como samba.

Esse processo, contudo, não aconteceu de forma pacífica. Houve uma época em que era proibido sambar! Os locais de samba, no século 19, eram muito mal vistos, considerados perigosos, sujos, verdadeiros "locais de perdição". Na verdade, o preconceito contra os negros estava por trás desse modo de ver as coisas.

A abolição da escravidão só aconteceu em 1888. A partir daí, o samba começou a ser visto com outros olhos e muitos brancos passaram a aderir a sua cadência irresistível, nas primeiras décadas do século 20. Merece destaque, nesse caso, o compositor branco Noel Rosa, que fez uma verdadeira crônica do seu tempo através de sambas bem-humorados, que refletem o temperamento alegre do brasileiro.

O samba pioneiro

"Pelo telefone", composição de Donga datada de 1916, é considerado o primeiro samba brasileiro, por substituir o maxixe. Nessa época, já se podiam gravar as músicas em discos. Na mesma ocasião, surgiram muitos compositores de grande talento, como Pixinguinha, João da Baiana, Sinhô e Heitor dos Prazeres. O samba foi tomando uma expressão urbana e moderna.

Começou a ser tocado nas rádios, se espalhou pelos morros cariocas e nos bairros da zona sul, conquistando um público de classe média também. Mais tarde, em meados do século 20, Dorival Caymmi e João Gilberto deram uma nuance sofisticada para o samba, misturando-o com outras influências musicais.

Hoje o samba tem mil outras formas como a gafieira, o pagode, o samba enredo (que é o samba do carnaval), o samba de breque, o samba-canção, o samba-rock, o partido alto e muito mais.

Disponível em : http://educacao.uol.com.br/cultura-brasileira/samba---historia-ritmo-e-o-mais-famoso-do-brasil.jhtm

As Festas Juninas

Evento mais festejado depois do carnaval


Reprodução
Bandeira de São João Batista

 Depois do Carnaval, as Festas Juninas são um dos evento mais consagrados no território nacional. As ruas, praças e escolas de muitas cidades são decoradas com bandeirinhas coloridas e, em barracas montadas ao ar livre, são servidas comidas e bebidas típicas.

Entre os quitutes, estão a paçoca, o pé-de-moleque, rapadura, pipoca, o milho verde, o amendoim torrado, batata doce, canjica, o doce de abóbora, o arroz doce e, para os adultos, quentão e vinho quente. Também são comuns brincadeiras como pescaria, argolas e tiro ao alvo e danças tradicionais, como a quadrilha.

Quando ocorrem as Festas Juninas?

O ciclo das festas juninas começa meados do mês de junho, quando se festejam quatro santos muito conhecidos no Brasil: Santo Antônio, no dia 13; São João, 24; e São Pedro e São Paulo, no dia 29 de junho.

História das Festas Juninas

Nos países europeus católicos, a festa era inicialmente chamada de "joanina" (em homenagem a São João). Trazida pelos portugueses para o Brasil, virou festa "junina" e foi incorporada aos costumes locais, com a introdução de alimentos, como o aipim, o milho, o jenipapo, e também os cantos e danças, como o forró, o boi-bumbá e o tambor-de-crioulo.

Mas não foi somente a influência portuguesa que caracterizou as comemorações. A quadrilha, por exemplo, foi uma adaptação de uma dança da nobreza européia (quadrille), muito presente nos salões franceses do século 18.

Os jesuítas portugueses, a princípio, comemoravam o dia de São João. As primeiras referências às festas de São João no Brasil datam de 1603. As festas de Santo Antônio e de São Pedro só vieram mais tarde, mas como aconteciam no mesmo mês, foram incluídas nas chamadas festas juninas.

A fogueira e os rojões

Uma lenda católica conta que Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus, na noite do nascimento de João Batista, acendeu uma fogueira para avisar a novidade à Maria. Por isso a fogueira é um elemento fundamental da festa e costuma ser acesa às 18h, hora da Ave Maria. Na festa de Santo Antonio, a fogueira tem formato quadrangular; na de São Pedro, triangular e na de São João possui formato arredondado na base, formando uma pirâmide.

Os fogos de artifício eram utilizados na celebração para "despertar" São João e chamá-lo para a comemoração de seu aniversário. O barulho de bombas e rojões podia espantar os maus espíritos. O costume de soltar balões surgiu da idéia de que eles levariam os pedidos dos devotos aos céus e a São João. Essa prática foi proibida devido ao alto risco de os balões provocarem incêndios.

A cerimônia de levantamento do mastro de São João é chamada de "Puxada do mastro". Além da bandeira de São João, o mastro pode ter as de Santo Antonio e São Pedro.

Disponível em : http://educacao.uol.com.br/cultura-brasileira/festa-junina---origem-evento-mais-festejado-depois-do-carnaval.jhtm